Quando criei esta marca, entendi que o chá não ia caber só dentro da xícara. Ele precisava contar quem somos, de onde viemos e por que cuidamos tanto de cada detalhe.

Tudo começa com a memória da minha avó, Carmosina, que dá nome à marca. O dourado veio do colar que ela usava todos os dias, com dois brilhantes no centro, sempre combinado aos brincos de ouro. Uma imagem que marcou a infância e virou símbolo de presença e delicadeza.

O branco fala da pele clara dela e dos olhos claros, em contraste com o tom negro que herdamos do meu avô. 

A raposa na frente da lata representa Inari Okami, divindade japonesa ligada ao chá, ao arroz e à colheita. É ela quem protege e leva adiante o que nasce de quem cultiva. Na Carmosina, a raposa guarda as folhas e entrega a mensagem que trazemos no coração.

As letras das etiquetas nasceram dos cadernos de receita da minha avó. Páginas antigas, cheias de letras diferentes e receitas que fizeram parte da infância. Trazer essa memória para perto foi natural.

Traço por traço, feito à mão

Cada ilustração das latas é desenhada por mim. As raposas, os detalhes, até os fragmentos de receita que acompanham cada embalagem. É um trabalho lento, quase meditativo, que transforma lembranças em forma.

O formato da lata também foi escolhido com cuidado. As bordas arredondadas suavizam o toque e tornam o gesto de abrir e fechar mais acolhedor. É um detalhe que parece simples, mas faz diferença quando se toca, quando se segura, quando se guarda. É design pensado para caber na rotina, durar e fazer parte da casa.

Por dentro, colocamos algo a mais: cartões ilustrados, uma playlist para acompanhar o chá, fragmentos de receitas que despertam memórias boas. Queremos que quem abre a lata perceba o cuidado até nos pequenos gestos.

Ser uma marca autoral é respeitar o tempo, dar atenção a cada detalhe e transformar cada lata num convite para sentir.

Aqui, cada embalagem guarda uma história feita à mão.